sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ser criança e ser adulto



A natureza é maravilhosa e o ser humano sublime. Sublime por ser imagem e semelhança de Deus. Por isso devemos por em prática os ensinamentos de Jesus Cristo. No entanto, devido a muitos valores considerados ultrapassados, vivemos dias de barbáries.
Em todas as empresas ou instituições do mundo, existe hierarquia. Até porque, caso não ocorra tal respeito, nada irá progredir. E na principal empresa “A família” está o caos. Quem deveria ditar as regras (os pais), não sabe o que fazer. E quem deve cumprir as regras (os filhos), acha que deve e pode chefiar esta empresa ao qual exerce nenhuma função, pois não há quem lhe ensine, qual deveria ser as suas funções.
Esta falta de orientação e educação familiar é a grande preocupação dos professores, psicopedagogos, psicólogos, neurologistas e psiquiatras.
Atualmente, 20% dos adolescentes sofrem de depressão e, segundo afirmação do Institute for Social Research, da Universidade de Michigan, 50% da população mundial tiveram ou desenvolverá algum tipo de transtorno psicológico durante a vida, tais como fobias, stresses, ansiedades, anorexia nervosa, transtornos de conduta, entre outros. A característica da criança é a dependência: a criança depende em tudo de seus pais.

O relacionamento entre pais e filhos, professores e alunos, e entre amigos, estão cada vez mais superficiais. Os jovens encontram dificuldades para dividirem suas histórias e lágrimas. Estão presencialmente ligados, porém emocionalmente mais distantes. É necessário que nos adaptemos aos avanços tecnológicos sem perder de vista a sensibilidade humana. 
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em dezesseis cidades brasileiras mostrou que 58% dos adolescentes de 12 a 14 anos fizeram uso de drogas pelo menos uma vez na vida. Segundo estudos do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a dependência do álcool aumentou 30% entre homens e 50% entre as mulheres no Brasil (por exemplo) em relação há dez anos. E outros estudos mostram que em quatro anos o consumo de drogas anorexígenas cresceu 100%.
 
Estatísticas como essas são realmente alarmantes. Precisamos buscar ajuda quando iniciarem os problemas e colaborar para que nossos jovens se transformem em líderes e atores principais no teatro social, com saúde emocional e projetos de vida.
Sabemos que as escolas e os educadores almejam a mudança dessa realidade, mas tem dificuldades de encontrar meios eficazes para que isto aconteça, pois, muitos pais não aceitam auxilio e muito menos o encaminhamento a um especialista.
Seria utopia ou realidade para alguns seres humanos, mas, para quem vive diariamente em ambientes repleto de crianças e jovens (observando seus comportamentos) seria caso de urgência, reverter as atividades para:
 
1 – Estimular as funções mais importantes da inteligência dos alunos: pensar antes de reagir, colocar-se no lugar dos outros, trabalhar perdas e frustrações, libertar a criatividade, formar pensadores, proteger a emoção, gerenciar pensamentos, consolidar a auto-estima, desenvolver a consciência crítica, elaborar sonhos e projetos de vida, adquirir resiliência às intempéries sociais. 
2- Estimular o treinamento do caráter: perseverança, honestidade, espírito empreendedor, debate de idéias, disciplina, tolerância, liderança, solidariedade, capacidade de recomeçar, educação para o trânsito e educação para o consumo.
3 – Fornecer ferramentas para o desenvolvimento emocional, como: trabalhar insegurança, ansiedade, agressividade, sentimento de culpa, falta de transparência e discursar temas como prevenção ao uso de drogas e consumo consciente.
4 – Enriquecer as relações interpessoais através do diálogo, do debate de idéias, da educação para a paz e do trabalho em equipe.
Estes são os principais objetivos da escola de inteligência do psiquiatra Augusto Cury.
Alguns temas, já são trabalhados na escola, mas, na maioria dos lares o exemplo dos pais acaba deletando o que a escola ensina nas 4hs. do dia.
 
Apesar de todo avanço tecnológico e científico, o homem continua o mesmo de há milhares de anos, precisando de controle externo para poder conter os seus instintos primitivos, e para pautar as suas relações com o outro.

Segundo o psiquiatra Augusto Cury, no livro "A pior prisão do mundo", não é possível produzir homens maduros que sabem se conduzir se eles não aprendem a autocrítica, a pensar antes de reagir, a estabelecer limites para seus comportamentos e, principalmente, se não aprendem a desenvolver a sabedoria de viver e conviver com seus semelhantes.
Esta é a diferença de ser criança e ser adulto. Toda criança precisa dos cuidados, ensinamentos e exemplos dos adultos que lhe cercam, para crescer com saúde física e psíquica. Só os adultos (pai e mãe) são responsáveis por nossas crianças.

Na dúvida, busque, pense e reflita. Qual futuro deseja para seu filho ou filha? Que seja punido e amado por quem lhe deu a vida e que só quer ver a felicidade, ou por quem quer só punir para assim, poder manter a ordem e o sossego na sociedade.
Papai e mamãe, a criança é um presente divino para nos redimir das nossas fraquezas e erros. Seja forte o suficiente para ensinar sua criança a ser 10x melhor que vocês. E quando não conseguir, tenha a coragem e determinação para buscar ajuda do especialista que lhe for encaminhado.
Que Deus abençoe cada pai, mãe e professor, nesta sublime missão de educar e ensinar.


Abraço de paz e luz!
Marlene Gonzatto
Pedagoga e Psicopedagoga Clinica e Institucional
ABPp-SC 326/2008

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