segunda-feira, 30 de abril de 2012

Inclusão ou Exclusão?



A moda nos tempos atuais do Governo Federal é “Inclusão”, só não se sabe bem ao certo que inclusão é essa. Se verificarmos em qualquer dicionário. Significa incluir, porém o que estamos vendo, é tirar direitos adquiridos de muitas crianças e jovens que necessitam de atendimentos especializados. E que, suas famílias não conseguem pagar.

O que todo cidadão brasileiro precisa ter conhecimento, é o corte desumano, realizado nos serviços prestados asAPAES do nosso país. 

Todos nós sabemos do atraso educacional que temos, e agora, o dinheiro que deveria estar sendo gasto em manter Instituições que proporcionem desenvolvimento cognitivo e motor aos brasileiros que necessitam. É gasto em propaganda enganosa sobre os índices da aprendizagem. 

A situação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) no Brasil, no Governo Lula, ficou gravemente prejudicada pela forma de agir discriminatória, conduzida pelo Ministério da Educação (MEC).

Além dos cortes dos Programas Federais orçamentários, o universo de atendimento às pessoas com deficiência continuou limitado. Como se pessoas com deficiência estivessem somente na idade escolar, excluindo principalmente os adultos e idosos com deficiência.

O Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000 aponta como número total da população do Brasil: 169.872.856 pessoas. Neste universo, o total de pessoas com deficiência é de 24.600.256, representando um percentual de 14,5% da população com deficiência no país.

Num país, em que crianças são aprovadas sem saber ler e escrever. Entende-se que haverá uma equipe, para dar suporte aos alunos que não conseguem aprender no mesmo tempo que os demais. Isso é um sonho para muitos e realidade para poucos.
Numa sala de aula de 20 a 30 alunos, é desumano negar, a necessidade do segundo professor, se houver 1 ou 2 com diagnóstico. Só tem tal atitude, quem nunca viveu a experiência e prática de uma sala de aula, durante um ano letivo.Caso contrário é descaso mesmo.

É fácil cortar um serviço como das APAES, principalmente quando o responsável por este ato, não tem a experiência e a vivencia familiar, para saber a importância de freqüentar e ter atendimentos especializados.  Só faz tal crueldade, quem nunca precisou de uma Instituição desta ou tem dinheiro suficiente para pagar todos os serviços, que eram prestados aos brasileiros que necessitam.

Para tentar compensar e enganar tal corte, o governo envia uma verba às Secretarias de educação, para compensar; montando salas multifuncionais. Esses governantes se esquecem de pensar e usar a sensibilidade humana, é que até ficarem todas as salas prontas já estaremos no fim do ano letivo. E se ficar! Com isso, quem sai perdendo? Todos nós brasileiros perdemos, vivemos num mesmo país, e precisamos manter o que temos e aprimorar. Tirar não!

Um professor sozinho em sala de aula, não consegue fazer milagres. Principalmente quando se depara com:

 * Falta de limites (educação doméstica);
 * Famílias que não sabem educar ou não querem;
 * Excesso de conteúdos sem necessidade na vida;
 * Alunos da era digital e a escola desatualizada;
 * Uma sobrecarga de projetos, oriundos de outras áreas, que a escola tem de resolver...


Enfim, é esta inclusão que estamos vivendo em nosso país. O Ministério da Saúde resolve cortar as verbas das APAES, deixar todos os cidadãos sem os atendimentos que precisam para desenvolver-se e ter uma vida digna e estar incluso na sociedade.

Mais uma vez é bom lembrar! A escola realiza tudo que vem das outras áreas, porém, quando é preciso da verba das outras áreas, CORTA-SE!

O mais triste e lamentável, é saber que temos líderes políticos que não se colocam no lugar dos pais que tem filhos que freqüentavam as APAES.

É bom que os pais acordem e comecem a pensar, quais serão as vagas de emprego que nossos jovens estarão assumindo. Visto que estamos num mundo globalizado e competitivo, porém, com um sistema educacional que pouco investe e até corta o que funciona. Fica para o povo a obrigação de fazer algo.

PRECISAMOS NOS UNIR E REIVINDICAR!  NÃO ACEITAR QUALQUER COISA. ASSIM, ESTAMOS REGRIDINDO NA EDUCAÇÃO E ADQUIRINDO MAIS UMA DIVIDA PARA COM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA!


Marlene S. S. Gonzatto
Psicopedagoga Clínica e Institucional
ABPp-SC:326/2008
Msn: marlenegonzatto@hotmail.com
Fone: 49 3533-2451

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